A compra da famosa embarcação de 10 milhões, dos cofres de Estado, através da Direcção Provincial de Transportes e Comunicações da Zambézia, envolvendo a OK-Corporation, Lda, empresa onde a filha do Governador da Zambézia, Marla Matos, é sócia, tem um novo capítulo.
É que nesta terça-feira (08), em conferência de imprensa, o Ministério Público, através da Procuradoria Provincial da República na Zambézia, disse que o Iate foi mesmo adquirido para fazer a travessia Chinde-Luabo, e não Quelimane-Recamba, como se pensava. “De acordo com a informação que temos do contrato, não houve qualquer alteração” – disse a porta-voz Cristina Chihale, para quem, “nós percebemos que houve desinformação, a embarcação foi mesmo adquirida para Chinde” – finalizou.
Mas o próprio Governador da Zambézia, Pio Matos, durante a cerimónia de entrega a Chinde, reconheceu que houve uma “mudança de planos”, justificando que Quelimane-Recamba já tem um meio fluvial, por isso não havia necessidade de alocar um novo, daí, esta alteração. Entretanto, o meio ainda nem sequer saiu de Quelimane, está a acumular pó, no Porto de pescas.
Quanto ao processo, Chihale disse que não houve qualquer alteração e a fase de instrução está prestes a findar, mantendo os três arguidos, cujos nomes estão em segredo de justiça. Importa recordar que neste processo, o Ministério Público já ouviu a directora dos Transportes e Comunicações, Fátima Oitava, o director do Gabinete de Pio Matos, Rafique Rassul e a própria Marla Matos.