Nos últimos dias, não se fala mais nada neste país senão a crise na Renamo. Uma crise que vem desde o Congresso de Alto-Molócuè, na Zambézia.
Em todas províncias, as sedes foram encerradas pelos ex-guerrilheiros que exigem a demissão do Presidente do partido, Ossufo Momade.
As reivindicações subiram de tom nas últimas semanas. O grupo de militares foi acampar na sede nacional e depois, chegaram ao Gabinete de Trabalho do Ossufo.
Foi aqui então onde o caldo se entornou. A Unidade de Intervenção Rápida(UIR), chegou ao local e regou com gás lacrimogéneo aos ex-guerrilheiros.
Quem acompanha a política doméstica, sabe que a Renamo vem passando por esta crise desde a eleição do Ossufo, em 2019, quando parte da franja daquele partido foi contestando a eleição dele.
Aliás, os acontecimentos actuais na Renamo, fazem parte da história, porque estes mesmos ex-guerrilheiros que estão hoje a contestar Ossufo Momade, foram os que naqueles dias em Alto-Molócuè, impediram que Venâncio Mondlane, sendo membro do partido, tivesse acesso a tenda onde se realizava o Congresso.
Os ex-guerrilheiros, usaram força para escorraçar todos aqueles que não estavam alinhados com Ossufo naquele Congresso.
Vimos até jornalistas a serem violentados por este grupo que hoje, já não quer Ossufo. Afinal, acabou o pacto que tinham? O que falhou para hoje virarem contra o seu “santo Deus”?
Os ex-guerrilheiros estão a pagar os erros deles de terem protegido Ossufo Momade, agora que aguentem.
Hoje, nem aquelas ilustres figuras que naquele dia em Alto-Molócuè, defenderam com unhas e garras ao Ossufo, já não querem saber dele. Como isto é interessante ver…
Meu comentário: Ossufo, vai lá…