Joel Amaral, é um jovem de Miguerine, lá, depois da minha zona (Namuinho), mas muito longe da cidade. Se calhar, se estivesse ainda em Miguerine, ninguém saberia que existe.
Criou rastas “dele”, mas por causa de circunstâncias, começou a usar óculos muito cedo e aos poucos foi vivendo a cena dele.
É um jovem que desde a igreja (católica), começou a tocar batuques animando missas e sempre foi de uma família religiosa. Pela forma dele de ser, pode passar, sem que te apercebas que passou alguém.
Foi a Europa naquelas aventuras de homem que quer viver outra vida e lá esteve na Áustria como estudante. Aturou durante anos aquele frio austríaco, mas sempre com vontades de estar em casa.
O tempo foi passando e Joel foi crescendo no meio das suas dificuldades, mas nunca lhe faltou vontade de trabalhar. Fundou banda dele “Tudúlos”, onde é baterista, mas também quando senta, escreve coisas dele e alegra o público.
É por causa desta maneira de alegrar o público que então, alguém quer que ele pague caro. Em 2023, o mundo todo esteve virado a Quelimane (vocês se lembram), naquelas famosas marchas ininterruptas de 45 dias ou mais, conforme a contabilidade de cada um.
Num certo dia, sendo ele amante destas coisas de improvisos, trouxe um tal hino denominado “Trufáfa-Trufáfa”, lembrando aquele texto do ensino que muitos como eu leram. Foi a partir disto então que o Joel, aquele meu amigo de outras batalhas se firmou. Não havia ou não há criança nenhuma que não saiba cantar “trufáfa-trufáfa é…que está a passar” e por ai outras coisas.
Quando passasse na marcha, ninguém conseguia se conter, tudo isso está registado, não estou a mentir. Prontos, terminada aquela fase, abraçou outros ramos e também misturava entre o seu hino e do outro seu colega de Nampula, aí faziam uma boa dupla.
Hoje, Joel está a pagar caro por causa do microfone e do hino, mas também pelo projecto que abraçou, depois daquele de 2023. Há quem acha que Joel representa um perigo, porque na próxima empreitada ele iria subir a parada, daí que, acabar com a vida, fragilizava mais o seu presidente. Só que, cometeram um erro, haverão muitos “Joes, Elvinos, etc” neste país, se continuarem a usar esta táctica de matar. Todos seremos os próximos, mas não deixaremos que o país seja de apenas um grupo. Tempo e Paciência.