A Zambézia, em particular a cidade de Quelimane, perdeu um dos seus filhos, Elvino Dias, um jovem daqui e que sempre esteve ligado a sua terra.
Na madrugada do dia 19 de Outubro, na cidade de Maputo, pessoas de má-fé, mas sobretudo criminosas, crivaram-no de balas, na companhia do seu colega desta luta, Paulo Guambe.
No país e no mundo, não se fala de mais nada por estes dias, senão Elvino (Mbaleu) e Paulo. Foram mortos e abandonados na rua, como se fossem indigentes.
Quelimane chora por um dos seus filhos, um jovem que como muitos, nunca se desvinculou das suas raízes.
Aliás, inspirava muitos jovens desta terra e olhavam-no com orgulho, por tudo o que vinha fazendo para este país.
Elvino, os seus irmãos choram pela sua morte, porque combateste um bom combate, perante um regime que não aceita que haja liberdade de expressão, um regime que perpetua ódio, instala o medo no seio de todos que ousam em dizer o contrário.
A sua morte é sentida até por pessoas que nunca o conheceram ao vivo, mas por causa dos feitos dele, todos falam de vergonha nacional, falam em tentativa de silenciamento de vozes contrárias.
As mortes do Elvino e do Paulo fazem parte de uma estratégia de “se falas eu te mato”. Pior ainda, o Elvino, nosso irmão abraçou uma causa que sempre colocou o sistema governamental em “xeque-mate”
Num momento como este, nós juntamo-nos a milhares de vozes e como um órgão da sua terra, dissemos “Até Sempre, MBALEU”.