O porta-voz do governo de Moçambique, Filimão Suaze, precisa de um tratamento como pessoa, para ele compreender que por estas alturas, mais ainda, com o evoluir das tecnologias, não se mente assim tanto como ele fez na conferência de imprensa, esta terça-feira, no fim de mais uma Sessão do Conselho de Ministros, quando foi abordado em relação ao ataque que os jornalistas sofreram, na segunda-feira (21), naquela entrevista que estava a ser dada pelo Venâncio Mondlane.
Todo mundo viu que os jornalistas foram atacados com granadas de gás lacrimogéneo e isso, passou na RTP, em directo.
E não só, com essa febre das TICs, muitas pessoas, incluindo alguns órgãos de informação estavam em directo, por isso, não pode ser normal que venha mentir descaradamente.
Quando o senhor Suaze diz que os jornalistas não foram atacados, mas sim a polícia atacou manifestantes, claramente está a dizer que aqueles todos que estavam em redor do Candidato do PODEMOS eram os tais populares, que tinham microfones, câmaras e gravadores. Portanto, não eram jornalistas.
Dói a nós outros que por ofício temos estado nesta luta de trazer a verdade e, meia volta, este mesmo governo onde está o senhor Suaze, vem com aquelas palavras de que somos parceiros. Então, atacas os seus parceiros?
É preciso ficar claro que a imprensa é o 4o poder na Constituição da República, portanto, faz parte, digamos assim, da “hierarquia” legal do país. E não só, a Lei de Imprensa é clara neste aspecto, logo, fica difícil compreender um governo/Estado (poder) que ataca um outro poder.
Alguém deve colocar ordem neste senhor, porque brincou com a nossa honra e dignidade, esqueceu-se do nosso papel na sociedade. Temos de dizer basta a isto, este país não é apenas dos “suazes”, mas também é nosso, porque somos filhos desta pátria e estamos a trabalhar para ela. Não Falei Nada.