Este termo “mão-externa”, não é novo, ouvimos sempre quando o país está em crise ou alguém, mas sobretudo os grupos da sociedade civil, vêm denunciar ou reivindicar qualquer situação.
Basta só haver um barulho no país, logo vem aí a denominação, “mão-externa” para cá, “mão-externa” para lá, e depois fica o debate de que há quem está alinhado a tal mão-externa para sei lá, fazer mal ao país.
Lembrei-me disto por causa dos acontecimentos do país. Toda, mas toda mesmo, estrutura de quem governa, está virada a teoria da mão-externa como a principal fonte de financiamento, sei lá, das manifestações. Ouvimos isso do Vice-Comandante da Polícia da República de Moçambique e outros, sem deixar de fora os jovens que mais se beneficiam com o saque do país.
Ora, como sempre digo e aliás, não só eu, este país não assume os problemas que criou nas pessoas, digo aos governantes, eles se eximem das suas responsabilidades e, quando a coisa dá “berro”, o culpado é a mão-externa.
Mas essa mão externa é qual que o governo não conhece? A desculpa dos nossos erros de governação e depois que o povo perdeu a paciência, não tem nada a ver com um suposto financiamento, sei lá, da mão-externa.
A tal mão-externa que tanto gritam como sendo a financiadora, também dá dinheiro ao Estado/Governo para funcionar. Já vi a tal mão-externa a formar, por exemplo, agentes da polícia em várias matérias. Já vi a mão-externa a financiar orçamento do Estado. A mão-externa deu viaturas do Ministério de Educação, por via de um parceiro. A mão-externa está a financiar o SUSTENTA, a mão-externa constrói hospitais, escolas, etc, aliás, até no combate ao HIV/SIDA, a mão-externa está lá. E, quem recebe o dinheiro é o governo, mas quando é isto, já são parceiros, não desestabilizadores ou financiadores de coisas ocultas.
É assim como diz a velha máxima, “quando o macaco não sabe dançar, culpa o chão alegando que está a girar ou está torto”. Todos temos uma mão-externa…. ”Cuidado com a vida”, PC (1955-2024). Não Falei Nada