Nos dias hoje, é comum ouvir várias pessoas a jurarem evocando o nome de Deus, Allah, Jeová, por ai fora. Quantas vezes já ouvimos amigos nossos (católicos) jurando “a fé de cristo…juro por Deus, etc”. Muitas nem.
Os muçulmanos juram “walahi bilai, emansi curani charifo…”, enfim, tem sido assim como os que professam a religião mostram, quando é para ser honesto e serem acreditados em tudo o que fazem.
Trago esta explicação, à propósito do juramento que os nossos políticos/governantes fazem, quando tomam posse. Eles, têm nas mãos um papel, embora não escrito pelo seu punho, quando acabam de ler, assinam, selando assim o compromisso que fizeram com o povo nas funções que vão ocupar.
Mas juramento é o quê? Juramento é um acto de afirmar ou prometer algo de forma solene, invocando algo sagrado como testemunha. É uma declaração de facto ou uma promessa que se considera verdadeira.
E, quando as pessoas juram, é para fazer uma promessa solene ou afirmar um facto, geralmente perante alguém ou algo que consideram sagrado. Portanto, o juramento serve como garantia e para pôr fim a discussões e mostrar que estás ali para servir e não ser servido.
Nos dias de hoje, o juramento que ouvimos em matrimónio, política ou governação tem seguido este preceito? É por isso que pergunto, jurar para quê?
Se tivermos em conta que quase todos os que nos governam são religiosos, eles não estão a ser honestos com eles próprios, porque jurar só para o “inglês” ver como se diz por ai, não é correcto. Aliás, é pecado.
Neste início de mais uma temporada governativa, ouvimos juras de amor e fidelidade ao serviço da pátria e ao seu povo. Todos dizem “juramos servir fielmente a pátria moçambicana…” Isto, lido é bom, mas sabemos todos que a realidade tem sido contrária, porque ninguém pede contas sobre aquele juramento.
Como cidadãos, temos obrigação, desde já, para lembrar sempre os governantes em torno destas juras que nos fazem.
Estamos aqui e vamos estar juntos até onde der. Tempo e Paciência. Não Falei Nada